Saturday, May 21, 2011

faca no .

Aquele som de fundo
amaldiçoado por graves
e água salgada.

Aquele toque
e aquela brisa
que contém partículas de vidro.

Aquele jarro que nunca ninguém tocou
a morte que aguarda-nos
e nós que não a aguardamos.

Mas medo de quê?
Amor à eternidade?

Amor a um jarro que nunca tocaremos,
a uma brisa que nos mata
e àquele som que faz-nos jorrar sangue dos ouvidos.

A vida curta encerra em si os maiores medos,
a eterna as maiores ausências.

Não quero uma nem outra,
suspende-me!



Fresta deLuz
22/05/2011

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