Basta de ternura,
Basta de ódio,
Basta de cicatrizes,
De terra nas feridas.
Cuspo palavras que me arranham a garganta,
Palavras que rasgam a pele como folhas de papel,
Como lamina enferrujada.
Escrevo-as para que se vejam,
Para que não sejam armadilhas.
Para que escondam o seu tétano.
Que escondam a seiva derramada.
Que se abram as portas,
Que me deixem entrar,
Nesse mundo em que palavras não matam.