É com estranheza que te toco
Como se de algo novo fosse
Intimidante, suave, belo.
Toco e quero tocar mais,
E quanto mais toco mais estranheza tenho,
Mais vontade tenho.
Adoro o tocar que é,
Adoro a estranheza que é
E adoro a vontade que tenho.
Ter os meus dedos que deslizam como pianista por ti.
Para sentir aquele toque e descobrir mais,
Um piano de peças sem fim,
Uma música em que a pauta é o universo,
Um compasso que se divide em tempos sem lógica,
Um espaço que não ocupa, preenche.
É esse toque que quero,
A esses todos ritmos
A essas horas em que tu te abres e respiras
E cantas a música da vibração inaudível,
Despejas aquele suor seco em mim
E aquela fervura de criança que ainda não conhece.
Toco e gosto de tocar em algo que sempre me tocou.
André Ventura
15 de Março de 2010
Sunday, March 14, 2010
0072
Como uma valsa desço pelo Universo,
De braço dado.
O teu conforto,
Os teus braços de estrelas.
Aos saltos de planeta em planeta,
Viajamos e
Uma longa infinitude ainda falta.
Milhares de planetas, de histórias,
De sítios e paisagens.
Paisagens que quando contornadas
Pelo teu corpo,
Pela tua face,
O brilho dos teus olhos,
O fascínio dos teus lábios,
A vida dos teus cabelo,
Se tornam em mais multiplicações do próprio Universo.
Paisagens que me fazem vibrar de sede.
E com a tua voz,
Um canto que surge no Universo silencioso,
Uma voz que faz vibrar astros de emoção.
És uma sensação que me multiplica em Universos.
Uma sensação que me faz.
4 de Maio de 2009
De braço dado.
O teu conforto,
Os teus braços de estrelas.
Aos saltos de planeta em planeta,
Viajamos e
Uma longa infinitude ainda falta.
Milhares de planetas, de histórias,
De sítios e paisagens.
Paisagens que quando contornadas
Pelo teu corpo,
Pela tua face,
O brilho dos teus olhos,
O fascínio dos teus lábios,
A vida dos teus cabelo,
Se tornam em mais multiplicações do próprio Universo.
Paisagens que me fazem vibrar de sede.
E com a tua voz,
Um canto que surge no Universo silencioso,
Uma voz que faz vibrar astros de emoção.
És uma sensação que me multiplica em Universos.
Uma sensação que me faz.
4 de Maio de 2009
Saturday, March 13, 2010
)))
Parece mentira
De vez em quando basta-me abrir a boca
E bebo ouro líquido.
Vem daquela estátua
Que de noite flutua sobre o colchão
E de dia brilha! E muito!
Imóvel não é,
Mas é estátua porque é sólida,
Definida
E sabe definir-me,
E sabe tocar-me
E sabe rir-me
E sabe…
E sabe..
Tanta coisa!
Ai estátua de berlinde,
Adormeço sempre com a tua imagem ao lado.
André Ventura
14 de Março de 2010
De vez em quando basta-me abrir a boca
E bebo ouro líquido.
Vem daquela estátua
Que de noite flutua sobre o colchão
E de dia brilha! E muito!
Imóvel não é,
Mas é estátua porque é sólida,
Definida
E sabe definir-me,
E sabe tocar-me
E sabe rir-me
E sabe…
E sabe..
Tanta coisa!
Ai estátua de berlinde,
Adormeço sempre com a tua imagem ao lado.
André Ventura
14 de Março de 2010
BLERK DE RANHO!
Blerk !! Blerk! Blurk! Blark! Blork! Brouummm!
Estas correntes enferrujadas apertam-me o pescoço!
Entalam-me as peles e fazem os grandes maciços
De pus explodir em múltiplas direcções.
Não consigo falar
Só me sai ranho merdoso de cobardolas,
Ou gigantes coágulos de sangue de cão.
Ah! E tenho imensa vergonha desta merda,
Sou eu que aperto as correntes
É de livro vontade que tenho a boca a saber a merda,
O coração mirrado demais,
E uma vida plena.
Parece que é fetiche
Mas não.
Parece que sou passado dos cornos
Mas não.
As palavras é que doem mais que tudo isto.
Fresta deLuz
14 de Março de 2010
Estas correntes enferrujadas apertam-me o pescoço!
Entalam-me as peles e fazem os grandes maciços
De pus explodir em múltiplas direcções.
Não consigo falar
Só me sai ranho merdoso de cobardolas,
Ou gigantes coágulos de sangue de cão.
Ah! E tenho imensa vergonha desta merda,
Sou eu que aperto as correntes
É de livro vontade que tenho a boca a saber a merda,
O coração mirrado demais,
E uma vida plena.
Parece que é fetiche
Mas não.
Parece que sou passado dos cornos
Mas não.
As palavras é que doem mais que tudo isto.
Fresta deLuz
14 de Março de 2010
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