Sunday, October 26, 2008

Pano para tirar a panela do fogão

As cores soltaram-se
caíram esbarrando num chão imenso,
tentei apanhá-las antes do embate
Mas em vão.

Monocromático, tudo monocromático!
Até o bater do coração se tornou monocromático,
As palavras passaram a ser preto e branco.

O sorriso estampado na minha cara,
Nada era, apenas um preto e um branco,

O vazio de cores de ideias encheu-me a cabeça,
A estupidez e a anomalia libertina foderam-me por trás.
Estava possuído e excitado analmente pela heroína da palhaçada!

Fiquei sem nexo, sem sentido, embasbacado e penetrado,
Mas depois do climax as cores reapareceram,
Mais baças, mais frias que nunca, e como que num Inverno
Senti-me isolado e rodeado pelo frio.


Fora abandonado depois de uma penetração.


André Ventura
26 de Outubro de 2008

( Iasi - Roménia)

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