Monday, September 08, 2008

O Anjo que nunca fodeu

Vejo o fogo,
As asas e os pés,
A auréola e os cornos espetados em mim.


A boda de prata dos 5 meses,
O divórcio de um noivado que não se cumpriu,
De uma lealdade sem regras.


Deixara-me andar assim à deriva,
Deixei-me perder assim no mar,
Quis ter auréola e aguentar os cornos.


Quis ter auréola quando já me encontrava no inferno.

As chamas que consumiam todo o meu corpo de papel,
Todo o meu corpo-brinquedo.

Peço mais um copo, e sem querer parte-se.
Tomba-se no meu corpo de papel, e lá fico como um anjo que nunca fodeu.

2 comments:

ludopata said...

pluriculturalismo e demagogia

Anonymous said...

"O divórcio de um noivado que não se cumpriu"..

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