a sombra vem atrás,
de botas altas,
a encher o corredor
com a sua demência.
de olhar furtivo
a sombra é esmagadora no corredor,
as pessoas encolhem-se,
estremecem,
fodem-se e besuntam-se.
Depois acalmam que nem bezerros sebosos.
tornam-se nuns pestinhas ordenados,
lambem a bota da sombra.
Mas a sombra só lá está porque eles a obrigam,
porque eles não apagam a luz.
A sombra não é obrigação,
é opção.
Mas aqueles besuntados preferem
ter a língua na carpete kafkiana,
estes bezerros do Apocalipse.
Fresta deluz.
02/02/2011
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