Eu sabia que vinhas naquela direcção por isso esperei na esquina errada. O meu peito saltava estranhamente. Vi a esquina certa e imaginei o que seria estar lá, o que poderia acontecer, o que é que talvez mudaria. Mas, pensando melhor, na esquina errada também não se está nada mal, aqui há boas prostituas, os velhos bêbados são engraçados e a droga nem é cara.
Descolei os olhos da esquina certa e deixei lá o meu peito saltitante, um bêbado ofereceu-me um whisky, uma prostituta um oral e um dealer uma dose de sei lá oquê.
Foram simpáticos, aceitei metade de cada oferta e depois entre a esquina certa e a errada escolhi o meio da estrada. Sentei-me a ver se ainda te via e enquanto esperava bebi o meio whisky e fechei os olhos à espera do meio oral para depois ir à meia dose de sei lá oquê. O whisky soube bem, arranhou, e quando abri os olhos não foi a prostituta que vi mas sim um autocarro e depois;
VUUUUM! BIIP BIIIIP (a buzina) e
CRASH! CRACK!
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