Parte-me a tromba como cachaça,
Abre-me as virilhas como sorriso ácido,
Arrasta-me pela tua merda esquizofrénica.
Sempre me acompanhaste,
Sempre escondido,
Mas tão vivamente presente.
Aquele vulto sem sombra,
Cobertura que não aquece,
Relógio que não diz horas.
Mas força invisível
Que rege o Universo,
O tempo em ti perde-se
E o calor em ti desvanece.
És aquela criatura que nem ser é,
Ser humano sem comunicação,
Ser vivo sem vida.
Fresta de Luz
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